segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PERGUNTA 5:  (Pergunta enviada por Coutinho)
    A graça e a paz do senhor irmão,
    Obrigado pelo esclarecimento, só um detalhe q ainda para mim ainda não consegui entender. A forma de analizar a leitura por um leigo em escritura, ou seja, devido o livro de Mt, Mc, Lc, e Jo está na divisão do novo testamento ao invés do velho na biblia, não influenciará as pessoas ao erro ao ler a escritura onde supostamentepode estar lugar errado? Claro que ainda estou aprendendo a analisar as coisas e ve-las como elas devem ser vistas, e so chegamos a uma conclusão lendo. Mas para aproveitar este email, como sei q vc tem mais conhecimento do q eu nos textos da escritura, como fica a questão do jejum, dizimo, ceia, falar em linguas, o templo ( q hoje em dia leva muitas pessoas a pensar errado), etc. A luz da graça de Deus no novo testamento?
Desde já agradeço!
Deus o abençoe!

RESPOSTA 5 
Paz, amado!
Sobre a organização da Bíblia:

      Em primeiro lugar, se você declara que os 4 evangelhos estão no lugar errado, você defende a organização dos livros inspirados como algo ordenado por Deus. No entanto, a organização das escrituras por livros, capítulos, e versículos, foi feita, não por pessoas que receberam inspiração semelhante as que escreveram os textos sagrados. Uma coisa nada tem haver com a outra.  Quando a bíblia fala sobre ‘novo testamento’ ela não se refere a questão organizacional dos livros sagrados, mas sim, do novo pacto que o Senhor fez com os homens por meio de Cristo Jesus, entende?
A organização dos livros sagrados se deram para uma melhor  busca daqueles que querem conhecer o Senhor. O intento não era sacralizar tal organização, mas sim ajudar os estudantes das escrituras no aperfeiçoamento de tal busca. Na época de Paulo ou dos apóstolos eram somente cartas inspiradas. Não havia novo testamento escriturístico.  Para eles ‘novo testamento” era uma referência ao novo pacto de Deus com os homens e o  antigo testamento era uma referência ao pacto mosaico, nada mais. Eles não chamavam o nosso ‘antigo testamento’ de antigo testamento mas sim de Lei de Moisés , Profetas, Salmos, Escrituras, veja : E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. (Lc 24:27)Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. (Jo 1:45) Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite (Lc 16:31) Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e cada sábado é lido nas sinagogas. (At 15:21) Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele. (Jo 5:46).
     Desta forma, fica claro que de nada influenciará erroneamente os que buscam a verdade nas escrituras se um livro vem depois do outro. Não havia a organização que temos hoje na época testamentária, e nem por isso, alguém esteve confuso diante da mensagem santa do nosso Deus. 


Sobre o jejum:

     O que é o jejum? Segundo a bíblia é um ato de contrição diante de Deus: Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante da face de nosso Deus, para lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos filhos e para todos os nossos bens. (Ed 8:21) Mas, quanto a mim, quando estavam enfermos, as minhas vestes eram o saco; humilhava a minha alma com o jejum, e a minha oração voltava para o meu seio. (Sl 35:13) E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza. (Dn 9:3).
     O jejum é um meio de demonstrarmos a Deus nossos sentimentos mais profundos. É um meio de nos humilharmos diante do Senhor. Não é um mandamento outorgado por lei, porém Deus não rejeita os jejuns de seu povo quando são sinceros. Cristo jejuou : E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; (Mt 4:2) ; Paulo jejuou várias vezes : Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. (2Co 11:27).  Deus recebeu o jejum de Cornélio : E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona. E eis que diante de mim se apresentou um homem com vestes resplandecentes, e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de Deus. (At 10:30,31).  Paulo declarou  o jejum como algo normal na vida dos servos de Cristo : Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. (1Co 7:5)  Os discípulos praticavam o jejum na era apostólica e Deus era com eles : E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. (At 13:2,3).  Jesus disse que há certos casos espirituais que só podem ser resolvidos através de muito jejum e oração : Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. (Mt 17:21)
      Entenda, o jejum não tem poder, porém o jejuar faz com que os homens fiquem mais sensíveis as coisas espirituais, uma vez que jejuando renunciamos a carne radicalmente. Se quiser um estudo sobre jejum que escrevi a alguns anos atrás, basta fazer download  aqui : ESTUDO SOBRE JEJUM.

Sobre o dízimo:
     O dízimo nada tem a ver com a lei. Abraão deu o dízimo a Melquisedeque que era sacerdote do Deus altíssimo a mais de 400 anos antes da lei de Moisés ser estabelecida (Gn 14:20). Da mesma forma seu neto Jacó também o fez (Gn 28:22).
     A doutrina do dízimo e das ofertas não podem ser fundamentadas por estes versículos, muito menos o de Malaquias (Ml 3:10).
     O dízimo está ligado a lei moral de Deus. Salmo 24:1 diz: Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. (Sl 24:1). Paulo reforçou a idéia de que não temos nada neste mundo várias vezes: Não somos donos de nossos corpos: 1 Cor 6:19 . Não possuímos nada deste mundo: 1Tm 6:7. O rei Davi, autor do Sl 24 declarou certa vez : 1 Cr 29:14. Poderia citar dezenas de textos, mas me detenho por aqui.
    Não somos donos de nada! Nem de nós mesmos. Nossos filhos pertencem ao Senhor. O ar, a comida, a vida, o planeta, a terra que pisamos, as estrelas, o cosmos, tudo pertence a Ele. Partindo deste princípio fica estabelecida uma doutrina imutável: SOMOS ETERNOS MORDOMOS! O mordomo desfruta dos bens do seu Senhor e nada mais. O mínimo que se espera de cada um de nós é o reconhecimento de tal posição. Se somos mordomos então o que devemos fazer com aquilo que pertence a Deus? Administrar da melhor forma possível.. A partir dai, devemos buscar textos que demonstram como administrarmos os bens do Senhor. Pegar exemplos de seus servos e aplicar a nossas vidas. Quem ensinou Abel e Caim a ofertarem a Deus? Deus precisava daquelas ofertas? Adão aprendeu do Senhor que deveria cuidar da terra que o Senhor lhe dera ( Gn 2:15). Obviamente ensinou seus filhos a ofertarem ao Senhor o melhor de suas mordomias. Assim foi com Abraão, Jacó, e todos os demais. Na lei, Deus estabeleceu os dízimos e as ofertas ao povo, porque careciam de reaprendizado. 430 anos de escravidão afastou-os das realidades espirituais. Desta forma, estabelecer os dízimos e ofertas como normas, traria este conhecimento perdido novamente a seu povo. Por isso vemos em Malaquias tamanha advertência da parte de Deus ao ponto de chamá-los de ladrões ( Ml 3:8,9). Para Deus, era ingratidão de mais reter o que não lhes pertencia. E pior, não dizimando eles retardavam o sacerdócio, pois os sacerdotes precisavam de sustento para continuar em seus ofícios. Sem comida para eles, não haveria mais sacerdócio, e caso isso continuasse, Deus prometeu julgar a nação fechando os céus e trazendo a maldição.
     Não é diferente hoje, sabe por quê? Porque, embora o sacerdócio levítico tenha se encerrado, um novo sacerdócio está de pé. Hb 7: 1-28. O escritor de Hb declara que no sacerdócio antigo (Levi) recebiam dízimos homens que morrem, já neste novo sacerdócio ( Melquesideque) recebem dízimos aquele que está vivo( Jesus) : E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. (Hb 7:8). Amado, o sacerdócio de Cristo engloba todos nós, pois esta escrito: E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém. (Ap 1:6); Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. (1Pe 2:5); Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1Pe 2:9). Isto significa que como sacerdotes, nos tornamos cooperadores de Deus em Seu plano maravilhoso de salvação: Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. (1Co 3:9). Se somos templos vivos de Deus (1Cor 6:19), e recebemos a incumbência de levarmos ao mundo a verdade das escrituras, devemos ser bons mordomos de tudo o que está sob nossa administração, inclusive o dinheiro. O fato de as escrituras relatarem as ofertas e dízimos de homens de Deus nos serve como exemplo de administração material dos bens do Senhor. Quando dou o dízimo ou oferto dou continuidade ao ministério evangelistico. Esse dinheiro sustenta a obra missionária da propagação do evangelho. Jesus dependeu das ofertas das mulheres: E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens. (Lc 8:1-3). Os apóstolos e irmãos que necessitavam de algo recebiam assistência financeira das igrejas ( 2 Cor 8: 1-15 ; 9:1-11) A administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus. (2Co 9:12). Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. (1Co 16:1) Paulo Também foi sustentado várias vezes pelas ofertas dos irmãos: E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente; Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta. Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus. (Fp 4:15-18; At 28:10).
    A quem diga que as ofertas não eram em moeda corrente, mas se enganam, veja: Lc 21:2; At 4:34 (note a expressão preço),37; 5:2,3 compare agora a expressão preço usada no mesmo livro com este verso :Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos e, feita a conta do seu "preço", acharam que montava a cinqüenta mil peças de prata. (At 19:19). Os apóstolos estavam acostumados a converterem doações em dinheiro: Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres? (Jo 12:5). No antigo testamento vemos que quando alguém morava longe e não podia trazer o dízimo em mantimentos deveria converter os bens em dinheiro da época ( Dt 14:22-29). Jesus aconselhou a entrega do dízimo :Mt 23:23 . Se Jesus não dizimou, quebrou a lei, mas Ele veio cumpri-la (Mt 5:17) Jesus ordenou ao povo dar a Deus em dinheiro o que lhe pertence( Mt 22:19-21) Paulo fez comparação entre o sustento que os levitas que trabalhavam integralmente recebiam, e os salvos, que da mesma forma trabalham na nova aliança, devem receber 1Cor 9: 13,14. Se no tempo de Jesus já se transitava moedas em espécie, imagine em nossa era capitalista?
   Em suma, o dízimo é uma questão moral. Somos mordomos, somos servos. Que sejamos achados ao menos fiéis.

 Sobre a ceia:

    A ceia é a celebração da memória do sacrifício de Cristo por nós: E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. (1Co 11:24,25).   Foi nos ensinado a participarmos dela  com os irmãos : Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão... (1Co 11:23).  Foi nos dito que devemos tomá-la na forma tradicional: Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. (1Co 11:28). Foi declarado por Paulo a prática da continuidade da ceia  para a igreja até a 2º vinda de Cristo: Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. (1Co 11:26) Preste atenção nos verbos : comerdes e beberdes e  anunciais : Todos estão conjugados no futuro do subjuntivo , em outras palavras, continuariam a serem  realizados posteriormente no futuro, como já disse, até a volta do Senhor. A ceia nos traz a memória a morte de Cristo, e nos prepara para evangelizarmos o mundo compartilhando com eles a morte de Cristo que nos traz a salvação.: Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. (1Co 11:26).
     Resumindo, a ceia é um momento de reflexão entre os irmãos, momento pelo qual são novamente conduzidos a lembrança do sacrifício de Cristo por eles, estimulando-os a compartilhar a Cristo com o mundo por meio da pregação do evangelho.

     Sobre o falar em línguas:

     Existem idiomas, dialetos e línguas estranhas na bíblia. Creio que sua pergunta é uma referência as línguas estranhas. Assim sendo analisemos.

    Paulo nos informou que existe uma língua que os homens e os anjos não entendem, só o próprio Deus : Porque o que fala em língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. (1Co 14:2) Esta patente no texto que o apóstolo não esta se referindo a idiomas, pois caso fosse não seria considerado um mistério. Se eu falo em inglês certamente alguém entenderia, uma vez  que falaria a homens ingleses. Porém o texto diz claramente que não falo a homens, mas a Deus. Paulo declara que tal língua (dom) tem o poder da auto-edificação : O que fala em língua estranha  edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. (1Co 14:4). Paulo orava em línguas estranhas: Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. (1Co 14:14) Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos. (1Co 14:18). Tal língua sobrenatural  foi considerada por Paulo algo que está fora do entendimento humano : Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. (1Co 14:14) Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua estranhas. (1Co 14:19).  Paulo declarou ser algo normal nas reuniões do corpo de Cristo: Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. (1Co 14:26). A prova de que a própria pessoa  não entende o que está falando se dá em que deve orar pedindo para Deus a interpretação de tais fonemas espirituais : Por isso, o que fala em língua estranha, ore para que a possa interpretar. (1Co 14:13) E, se alguém falar em língua estranha, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. (1Co 14:27. ) Tal dom sobrenatural foi derramado no dia de pentecostes pelo próprio Espírito Santo : E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At 2:3,4 ). No dia de pentecostes não só esta língua de fogo foi derramada, mas também a capacidade sobrenatural de falar em  idiomas de outras nações : E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. (At 2:6) Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? (At 2:8) Note que nestes dois últimos textos a multidão entendia claramente o que os discípulos falavam, ainda que em outros idiomas. Quando oramos em línguas declaramos coisas do profundo de nosso espírito. Podemos até cantar em espírito em contraste de cantarmos com o nosso entendimento: Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. (1Co 14:15) .
      Por fim, Paulo declarou que ninguém deve ser impedido de falar em línguas estranhas desde que aja interpretes: Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas. (1Co 14:39).

      Sobre o templo :

   
      Nós somos o templo de Deus, ou o lugar onde Ele se agrada em habitar: Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (1Co 3:16)Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? (1Co 6:19) E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. (2Co 6:16). Porém a palavra templo, nas escrituras, também é usada como referência a um local consagrado a Deus para oração ou ensino da verdade, às vezes chamada de casa de oração: E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões. (Mt 21:13); E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. (At 3:1) E, ouvindo eles isto, entraram de manhã cedo no templo, e ensinavam. Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que estavam com ele, convocaram o conselho, e a todos os anciãos dos filhos de Israel, e enviaram ao cárcere, para que de lá os trouxessem. (At 5:21); E, chegando um, anunciou-lhes, dizendo: Eis que os homens que encerrastes na prisão estão no templo e ensinam ao povo. (At 5:25); E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo (At 5:42) E aconteceu que, tornando eu para Jerusalém, quando orava no templo, fui arrebatado para fora de mim. (At 22:17).
      Desta forma, fica claro que o templo de Deus somos nós, porém podemos chamar de templo um local edificado para oração e ensino das escrituras.

 Deus o abençoe em nome de Jesus